MAIO:
MARIA E PENTECOSTES
Maio é o mês dedicado a Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe
do Céu. Mas, por coincidência, comemoramos também neste mês o dia de
Pentecostes. Pentecostes é a vinda do Espírito Santo de Deus sobre a Igreja
nascente que O acolhe surpresa e se deixa transformar. Aqueles discípulos, que
até então eram medrosos e fechados, agora saem para fora com vida transfigurada
pela presença de Deus. Porém, antes disso, alguém também acolheu com muito amor
o Espírito em sua vida. O Espírito a engravidou com o seu Amor. Era aquela que
se colocou inteiramente, como serva, ao seu dispor. E o Espírito fez nela
maravilhas.
Maria
vai, os discípulos vão
Maria, cheia do Espírito Santo, vai às pressas visitar
sua prima Isabel que precisa de ajuda. Assim ela começa sua missão de servir a
toda a humanidade como a Mãe de Jesus e de seu filhos espalhados pelo mundo
todo. Até o fim de sua vida nesta terra, Maria serve a Jesus e a todos os que
dele se aproximam; missão que nem no céu terminou. Ela é sempre a intercessora
nossa junto de Deus. Tudo isso é obra do Espírito Santo.
Os discípulos, cheios do Espírito Santo, vão por todas as
regiões anunciando a Boa Nova de Deus: Jesus é o Senhor. Todos os que nele
acreditam são batizados e convidados a formar comunidade, onde experimentam a
vida em comum. Este é o serviço que o Espírito inspira nos discípulos.
Que
mais este mês de maio ajude a todos nós, que formamos a Igreja de Jesus em
nossos dias e em nossas comunidades, a reavivarmos o Dom de Deus. Que, a
convite de Maria e dos inúmeros apelos da Igreja, nos coloquemos na linha do
testemunho evangélico. Que todos saibamos superar a vergonha diante do mundo –
mesmo que existam escândalos também entre líderes cristãos -, que o mês de maio
e o Pentecostes nos impulsionem para que livres do cansaço, da desilusão, da
acomodação ao ambiente, renovem nossa alegria e nossa esperança para aproveitar
essa hora da graça: graça para nós que escrevemos a história aqui e agora.
Ação
do Espírito Santo
Nunca será possível haver testemunhas e profetas da
esperança sem a ação do Espírito Santo. Se o mundo, hoje mais do que nunca,
necessita de testemunhas e profetas da esperança, é mais do que preciso voltar
ao primeiro Pentecostes e à Pobre Serva do Senhor. Eles nos abrem à ação do Espírito.
Neste ano dedicado ao leigos não podemos esquecer que na
Igreja todos são missionários de Jesus: os ministros sagrados, os religiosos,
mas também os fiéis leigos. Às vezes paira sobre as igrejas um espírito
missionário medíocre, isto é, com pouca disposição para o serviço, para a
missão. Isto é, sem dúvida, falta de vida no Espírito. É fechamento egoísta em
si mesmo. Vamos abrir as portas, ou melhor, o nosso coração ao sopro novo do
Espírito, pois o Espírito foi derramando sobre todos com abundância.
Todavia, não podemos esquecer que o sair às pressa de
Maria, o sair para fora dos discípulos, deve ser hoje para nós o voltar-se aos
mais necessitados, aos pobres, aos periféricos de nossa sociedade. Assim como
Jesus veio implantar a justiça e o direito, a misericórdia e o conhecimento de
Deus no seu mundo de tantos pobres, também nós, cristãos e cristãs do século
XXI, não nos podemos furtar dos pobres que estão aí para quem quiser ver. O
serviço e a identificação a eles é a prova da ação do Espírito em nós. O
Espírito é vida, por isso, alimenta a quem morre de fome porque se não o
alimentas, o matas! A ação do Espírito é conversão, por isso, contra a fome,
converte-te.
A ação do Espírito em Maria, nos primeiros discípulos
como também em nós hoje, concretiza a opção pelos pobres que, como ensinava
Bento XVI, está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por
nós para nos enriquecer com sua pobreza.
Sejamos agradecidos a Deus por tantas graças que a nossa
diocese tem recebido de Deus nestes últimos meses, mas de modo especial pelo
novo sacerdote, o Pe. Ronaldo, ordenado no dia 08 de abril. Que Deus seja
louvado. E, continuemos com a missão de rezar pelas vocações: “Cada Comunidade
uma Nova Vocação”.
Pe. Mário Fernando Glaab