sexta-feira, 27 de abril de 2018

Para o mês de maio

MAIO: MARIA E PENTECOSTES

            Maio é o mês dedicado a Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe do Céu. Mas, por coincidência, comemoramos também neste mês o dia de Pentecostes. Pentecostes é a vinda do Espírito Santo de Deus sobre a Igreja nascente que O acolhe surpresa e se deixa transformar. Aqueles discípulos, que até então eram medrosos e fechados, agora saem para fora com vida transfigurada pela presença de Deus. Porém, antes disso, alguém também acolheu com muito amor o Espírito em sua vida. O Espírito a engravidou com o seu Amor. Era aquela que se colocou inteiramente, como serva, ao seu dispor. E o Espírito fez nela maravilhas.

Maria vai, os discípulos vão
            Maria, cheia do Espírito Santo, vai às pressas visitar sua prima Isabel que precisa de ajuda. Assim ela começa sua missão de servir a toda a humanidade como a Mãe de Jesus e de seu filhos espalhados pelo mundo todo. Até o fim de sua vida nesta terra, Maria serve a Jesus e a todos os que dele se aproximam; missão que nem no céu terminou. Ela é sempre a intercessora nossa junto de Deus. Tudo isso é obra do Espírito Santo.
            Os discípulos, cheios do Espírito Santo, vão por todas as regiões anunciando a Boa Nova de Deus: Jesus é o Senhor. Todos os que nele acreditam são batizados e convidados a formar comunidade, onde experimentam a vida em comum. Este é o serviço que o Espírito inspira nos discípulos.
Que mais este mês de maio ajude a todos nós, que formamos a Igreja de Jesus em nossos dias e em nossas comunidades, a reavivarmos o Dom de Deus. Que, a convite de Maria e dos inúmeros apelos da Igreja, nos coloquemos na linha do testemunho evangélico. Que todos saibamos superar a vergonha diante do mundo – mesmo que existam escândalos também entre líderes cristãos -, que o mês de maio e o Pentecostes nos impulsionem para que livres do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente, renovem nossa alegria e nossa esperança para aproveitar essa hora da graça: graça para nós que escrevemos a história aqui e agora.

Ação do Espírito Santo
            Nunca será possível haver testemunhas e profetas da esperança sem a ação do Espírito Santo. Se o mundo, hoje mais do que nunca, necessita de testemunhas e profetas da esperança, é mais do que preciso voltar ao primeiro Pentecostes e à Pobre Serva do Senhor. Eles nos abrem à ação do Espírito.
            Neste ano dedicado ao leigos não podemos esquecer que na Igreja todos são missionários de Jesus: os ministros sagrados, os religiosos, mas também os fiéis leigos. Às vezes paira sobre as igrejas um espírito missionário medíocre, isto é, com pouca disposição para o serviço, para a missão. Isto é, sem dúvida, falta de vida no Espírito. É fechamento egoísta em si mesmo. Vamos abrir as portas, ou melhor, o nosso coração ao sopro novo do Espírito, pois o Espírito foi derramando sobre todos com abundância.
            Todavia, não podemos esquecer que o sair às pressa de Maria, o sair para fora dos discípulos, deve ser hoje para nós o voltar-se aos mais necessitados, aos pobres, aos periféricos de nossa sociedade. Assim como Jesus veio implantar a justiça e o direito, a misericórdia e o conhecimento de Deus no seu mundo de tantos pobres, também nós, cristãos e cristãs do século XXI, não nos podemos furtar dos pobres que estão aí para quem quiser ver. O serviço e a identificação a eles é a prova da ação do Espírito em nós. O Espírito é vida, por isso, alimenta a quem morre de fome porque se não o alimentas, o matas! A ação do Espírito é conversão, por isso, contra a fome, converte-te.
            A ação do Espírito em Maria, nos primeiros discípulos como também em nós hoje, concretiza a opção pelos pobres que, como ensinava Bento XVI, está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós para nos enriquecer com sua pobreza.
            Sejamos agradecidos a Deus por tantas graças que a nossa diocese tem recebido de Deus nestes últimos meses, mas de modo especial pelo novo sacerdote, o Pe. Ronaldo, ordenado no dia 08 de abril. Que Deus seja louvado. E, continuemos com a missão de rezar pelas vocações: “Cada Comunidade uma Nova Vocação”.

Pe. Mário Fernando Glaab

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